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O que é Orientação Profissional Criativa

jan. 21, 2022

Tempo de leitura: 6min


Se você ainda não entendeu qual é o sentido de usar a criatividade na Orientação Profissional e na sua prática como orientador, eu vou te explicar com uma pequena história.


Eu sempre adorei quebra-cabeças. No sentido literal e no metafórico. Quando eu tinha 4 ou 5 anos, meus pais compraram 2 jogos de quebra-cabeças de 100 peças. Eu montei tantas vezes aqueles jogos e aprendi tanto sobre aqueles desenhos que, em determinado momento, me enchi de tédio e senti falta de novos desafios. Foi aí que decidi virar todas as peças de cabeça pra baixo e comecei a encaixar todas elas agora ao contrário, me guiando somente pelo marrom do papelão. 


Meus pais morriam de rir daquelas peças montadas sem formar imagem e acho que eles se orgulharam da minha estratégia inovadora. Engraçado que eu nunca contei essa história pra ninguém antes, porque, me lembrando dela agora, percebo que a mensagem dela é muito poderosa: quando nós fazemos sempre a mesma coisa do mesmo jeito, não nos desafiamos, nem ampliamos nossa perspectiva. Ficamos tentados a acreditar que a forma que conhecemos é a única possível, a melhor maneira, um caminho comprovadamente eficiente.


Quando me tornei adolescente, não gostei de ouvir que eu só podia me envolver com uma carreira profissional. Quando me tornei psicóloga psicanalista, não gostei de ouvir que o único jeito de ajudar pessoas era pedindo que se deitassem num divã enquanto eu permanecia em silêncio ouvindo. Quando me tornei orientadora profissional, não gostei de ouvir que o único jeito de orientar era fazendo 12 sessões de atendimento pra uma classe média que considera ir pra faculdade.


Eu sempre busquei virar as peças de cabeça pra baixo. Sempre busquei outras formas de fazer – o que quer que fosse. Não só pra me diferenciar das outras pessoas e profissionais, mas pra aumentar as possibilidades dentro de mim mesma, pra me permitir criar, questionar, repensar e transformar as marcas que eu produzo no mundo. O que, obviamente, também impactou no meu trabalho, me fazendo perceber que a minha forma de trabalhar tinha cada vez mais a minha cara e representava cada vez mais o que eu acreditava.


OP só para adolescentes? Não, eu não queria isso. OP só pra classe média? Ah, não, jeito nenhum. OP com testes? Não, nada a ver com o que eu buscava. OP com academiquês e linguagem difícil? Por favor, não!


O que eu queria era me tornar uma orientadora super consciente dos desafios contemporâneos, super capaz de ajudar qualquer pessoa fazendo escolhas, super capaz de batalhar contra a desigualdade social e de fazer a diferença na vida de quem atravessasse o meu caminho.


Felizmente, eu sempre tive por perto outras pessoas que também gostam de quebra-cabeças – que também se esforçam pra pensar além do lugar comum e pra criar possibilidades inusitadas. Em 2018 me juntei com algumas dessas pessoas brilhantes e juntos demos início ao Instituto Viae, um laboratório de Orientação Profissional sensível, de Orientação Profissional flexível, de Orientação Profissional criativa.


Fazemos atendimentos de Orientação Profissional? É claro, mas não só. Nossa ajuda é sustentada pelo embasamento científico, mas não é rígida, muito menos excludente. Nós apostamos é na democratização da Orientação Profissional pra todos os públicos, sem nos preocupar em dar um nome diferente pra cada tipo de apoio que oferecemos, sabe? Porque a OP é pra ser um apoio descomplicado, é pra ser leve, é pra ser acessível.


E já que um processo tradicional de atendimentos de OP não é democrático ou acessível no nosso país, que viremos as peças de cabeça pra baixo! É por isso que compartilhamos nosso conhecimento gratuitamente na Internet. É por isso que criamos um aplicativo gameficado e inovador na nossa área, já usado por milhares de pessoas no mundo. É por isso que inventamos livros, guias, checklists, calculadoras e jornadas marítimas. É por isso que orientamos pessoas até mesmo em uma única ligação telefônica, se esse for o canal disponível naquele momento. 


Foi a criatividade que nos fez entender que orientação profissional é toda e qualquer oportunidade de levar alguém a pensar com mais profundidade e tranquilidade na sua jornada profissional, na sua jornada de vida. E isso pode durar 12 sessões, pode durar 1 ano, ou pode durar 1 minuto. O importante não é o tempo de contato, o formato do contato, ou o estilo do contato. O importante é a capacidade de transformação. E se sempre montamos o quebra-cabeça do mesmo jeito e a partir das mesmas peças, não conseguimos enxergar isso: as infinitas formas que somos capazes de transformar a vida de alguém e as diferentes necessidades de quem cruza nosso caminho. 


O mundo está mudando desde que surgiu. As pessoas estão mudando desde que nasceram. O mercado de trabalho muda o tempo todo, as profissões passam por mudanças todos os dias, assim como as relações humanas mudam e mudam e mudam. Mas se a mudança não acontece diariamente na sua prática como orientador, alguma coisa vai ficar estranha nessa história: sua ajuda vai deixar de se encaixar, vai deixar de estimular, vai deixar de transformar. 


O jeito que você fez OP ontem pode não servir mais amanhã. As ferramentas que você usou com um orientando podem não servir para os outros. O que você sabe sobre o mercado de trabalho agora pode não ser mais verdade daqui pra frente. E é aí que entra a criatividade: ela nos estimula a lidar justamente com a mudança, ela nos permite fazer justamente as inovações, ela nos incentiva justamente a transformar.


Sabe quando surge no consultório um tipo de caso que você nunca atendeu antes? Ou quando uma instituição te convida pra tocar um projeto do zero? Ou quando você fica com vontade de criar uma nova ferramenta e oferecer pro mundo?


A criatividade te prepara ANTES de você ter que entrar no olho do furacão, ela antecipa que a coisa vai ter que ser diferente, que você vai ter que mudar a forma como você lida com seu trabalho. A criatividade te dá confiança pra ser flexível, ela diminui a sua preocupação de perder o fio da meada, ela combate a sua ansiedade e te dá tranquilidade pra ir em frente. 


Sabe quando você tem vontade de atender outros públicos? Ou de ajudar pessoas vulnerabilizadas? Ou de fazer do mundo um lugar melhor?


Ao invés de pensar: “Eita, o desafio é grande, tô sendo audacioso demais, nem sei por onde começar.” Surge o pensamento: “Rá! Vamos ver como é que a minha criatividade vai inovar agora, tô curioso pra ver a nova estratégia que eu vou criar aqui”.


E aí eu te pergunto: o mundo precisa de mais profissionais engessados e assustados, ou de mais profissionais livres e criativos? O mundo precisa de alguns quebra-cabeças já cristalizados ou precisa das novas e interessantes peças que você vai trazer pra jogo?


Não importa a sua idade. Não importa o seu objetivo profissional ou o seu tempo de prática. Se você levar a criatividade embaixo do braço, qualquer obstáculo ou impedimento vai se tornar um interessante e curioso desafio. Do fundo do coração, acreditamos que é disso que o mundo precisa: de menos medo, e de mais coragem. 


E é por isso que te convidamos a virar peças de cabeça pra baixo e conhecer a mentoria do Instituto Viae pra orientadores profissionais criativos. Já reservamos a sua vaga ao nosso lado.

Isis Graziele da Silva | CRP 06/142189


Psicóloga e orientadora profissional. Escolheu psicologia porque queria desvendar crimes. Mestre em Psicologia, especialista em Psicologia Jurídica. Tem experiência em consultório e cursinho pré-vestibular. Co-autora de "Pré-vestibular: práticas para psicólogos" e autora de "Por que fazemos selfies?".


Hey, receba nossa ajuda pra descomplicar
suas escolhas profissionais! 🍀
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